quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Textos vencedores do Concurso «Contos de Natal»





Pai Natal Em Apuros




Era mais um dia para o Pai Natal tratar da papelada, ler listas, cuidar das renas… Nicolau andava ocupado e enervado, o Natal estava a chegar!

Um dia, Nicolau chegou ao estábulo das renas e, ao entrar, reparou numa chávena de leite, que estava no chão. O Pai Natal não tomou meias medidas e bebeu o líquido que o transformou num sapo! Num verde e viscoso sapo gordo de barbas brancas e barrete vermelho!
Nicolau não sabia o porquê dos animais estarem a reagir assim. Quando pôs as mãos à cabeça, percebeu que algo em si estava diferente. Ele estava verde, pequeno e viscoso. O Pai Natal entrou em pânico! Era véspera de Natal, ele tinha que verificar os brinquedos, arranjar os trenós, alimentar as renas e agora, também arranjar uma solução para voltar ao seu estado normal.
O Pai Natal saltitou até à cozinha, onde encontrou a sua mulher atada por uma corda a uma cadeira. Beatriz ficou impressionada ao ver no que o seu marido se tinha transformado. Mas mesmo assim, ficou feliz, pois podia ter sido pior.
Os dois foram até à fábrica dos brinquedos, onde encontraram os duendes adormecidos e os brinquedos destruídos. O Natal estava arruinado!
Numa parede, havia um bilhete que tinha escrito:


Este enigma resolverás, o antídoto encontrarás. 
Debaixo do leito onde descansa o bebé Natal. 
O líquido transformar-te-á no estado normal.
Um Feliz Natal!  Grinch"

                                                                                                                                                                                                                                                                                             
Ao ler isto, o nosso sapinho passou de verde a branco e desmaiou. Quando acordou, a maioria dos duendes já tinha acordado, alguns estavam a tentar organizar a fábrica dos brinquedos e a reparar danos, outros, a tentar acordar o resto dos seus companheiros. Com ajuda de todos, Dona Beatriz conseguiu perceber que o tal antídoto estava na manjedoura do Menino Jesus. Depois, Nicolau mandou preparar um trenó equipado com as renas mais fortes, iam a Belém!
Após uma longa mas rápida viagem, o nosso sapinho encontrou o estábulo em que Jesus nasceu, procurou por todo o lado, mas não conseguiu encontrar o antídoto! Que situação preocupante!
Desolado, o Pai Natal voltou para casa, pensando que não havia solução possível ou imaginária para o seu problema.
Quando chegou ao Pólo Norte, o nosso anfitrião tinha à sua espera os seus duendes, que diziam ter uma boa e uma má notícia.
-- Contem primeiro a boa notícia! – Suplicou Nicolau, desesperado.
-- Encontrámos o antídoto! Estava debaixo do presépio. – Disse o duende Joãozinho, alegremente. – A má notícia, é que só faltam duas horas para o Natal! – Continuou este, com um ar preocupado.
-- Preparem-me um trenó com oito renas! Quer dizer, nove! Metam o Rodolfo à frente. – Ordenou o Pai Natal, abrindo, apressadamente, o frasco do antídoto.
Nicolau conseguiu, finalmente, abrir o frasco. Bebeu o antídoto que o fez voltar ao normal. Olhando para o seu pinheiro, perguntou-se a si mesmo:
--Onde está o Grinch?
-- Achiiim! – Espirrou algo vindo da árvore – Estou aqui e estou muito arrependido do que fiz. – Disse Grinch, envergonhado.
-- Hei! Tive uma ideia genial! Porque não vens comigo distribuir os presentes? – Propôs o Pai Natal.
-- Seria um enorme prazer! – Respondeu Grinch animado.
Com um ar feliz, entraram os dois para o trenó e levantaram voo.
Feliz Natal!

                                Laura Ferreira 8.º D n.º 15 e Filipe Ferreira 8.º D n.º 7


A Magia do Natal
            Era uma vez duas irmãs que adoravam o Natal. Elas chamavam-se Marta e Elsa. As duas meninas esperavam ansiosamente durante todo o ano que a quadra natalícia chegasse. As duas deliravam com tudo o que dizia respeito ao Natal: as luzes cintilantes, as árvores cheias de enfeites e laços, o cheiro a doces que pairava pelas casas e ruas, os embrulhos coloridos e os Pais Natais que enchiam os supermercados e faziam as crianças sonhar com as prendas.
            Era dia 23 de dezembro e já estava tudo preparado para o grande dia. Na rua, encontravam-se milhares de pessoas e cheirava maravilhosamente bem. Mas havia uma coisa em especial que fazia com que as duas adorassem tanto essa altura do ano: as luzes coloridas por todo o lado!
            – Gosto tanto de ver a avenida principal repleta de luzes! Existe uma magia no ar! – exclamou a Elsa, olhando pela janela.
            – Sim, é maravilhoso! É tão giro! – disse a Marta.
            – Elsa! Marta! Venham cá, chegou a tia Ju! Ela tem uma prenda muito especial para vocês! – Chamou a mãe das meninas.
            As meninas correram rapidamente para ver o que a humilde tia Ju tinha para elas. Depois de muitos abraços e carinho, a prenda foi dada às duas raparigas. Era um cão! Ele era castanho cor de chocolate e tinha umas manchas brancas na barriga.
               É tão querido, tia, obrigada! – agradeceu a Marta.
            – É mesmo adorável! Vamos chamá-lo Noel, já que estamos no Natal! – disse a Elsa.
            As meninas concordaram e a tia Ju ficou muito satisfeita de ter dado um presente tão giro às suas adoradas sobrinhas.
            – Vamos às compras? – perguntou a tia Ju, sorridente.
            – Sim, sim! – responderam as meninas em coro.
            As irmãs passeavam alegres e sorridentes pelas ruas com o seu novo amigo Noel. De repente, o Noel soltou-se e foi ao encontro de um menino muito magro e alto que estava a chorar.
            – Ei, Noel, anda cá! – chamou a Elsa.
            - Espera!- disse a Marta para a Elsa. – Ele está a tentar animar o rapaz, não vês?!
            As raparigas ficaram impressionadas, mas mais impressionada estava a tia Ju que não acreditava no que via.
            A Elsa dirigiu-se calmamente para o pé do menino e perguntou-lhe como se chamava e porque estava tão triste, ao que ele respondeu:
            – O meu nome é Pedro. Eu não gosto do Natal.
            – O quê? Como? – perguntou a rapariga muito admirada.
            – Eu nunca tive uma prenda e não sei o que é ter amigos nem ninguém que goste de mim – respondeu o rapaz limpando as lágrimas.
            – Então vem comigo, eu vou ser a tua amiga e vou comprar-te uma prenda que gostes! – disse a menina com um sorriso humilde.
            – Não, não quero! Não quero que tenhas pena de mim! – disse o rapaz irritado.
            – Mas eu…- começou a Elsa – só…
            O rapaz foi-se embora e a Elsa ficou muito desapontada e a chorar. A sua irmã e a tia foram a correr para o pé dela e tentaram animá-la, mas sem sucesso.
            – Anda, minha querida, vamos comprar uma prenda para o rapaz. Se o encontrares dás-lhe a prenda, está bem? – sugeriu  a tia.
            – Sim, pode ser, mas eu queria se amiga dele – disse a Elsa, desiludida
– Vamos fazer o que a tia Ju disse! Olha, o Noel não gosta de te ver triste! Anima-te! – disse a Marta cheia  de entusiasmo.
            As três foram a uma loja de roupa e compraram uma camisola com um cão muito parecido com o Noel. Até ele adorou a camisola! De seguida, foram para a casa e aconchegaram-se nas mantas de lã a ver televisão na sala com o Noel e adormeceram.
            Quando as meninas acordaram, já estavam nas suas camas, e já era dia 24! Tinham acordado com a voz da tua Ju e com o cheiro a arroz doce. A Elsa dirigiu-se à sala e olhou para a mesinha onde tinha deixado a prenda para o Pedro, mas não estava lá!
            – Tia Ju! Mãe! Marta! Alguma de vocês mexeu numa prenda que estava aqui?
            – Eu pus a prenda debaixo da árvore, mana, espero que não te importes! – disse a Marta, um pouco tímida.
            – Não sei para quê, mas está bem! – disse a Elsa com voz rouca.
            – Mas sei eu! – disse a tia Ju.
            A Elsa olhou para a tia e para a irmã e elas disseram em coro:
            – Feliz Natal!
                De seguida, o Pedro apareceu e pediu desculpas à Elsa por ter sido tão mau para ela. A rapariga, como era muito humilde, não disse nada e correu a abraçá-lo! O Noel ladrou, provavelmente com ciúmes, como disse a Marta!
            – Obrigada, Noel, se não fosses tu, eu nunca poderia ter ajudado e nunca tinha aprendido que o Natal ladrou, provavelmente com ciúmes, como disse a Marta!
            – Obrigada, Noel, se não fosses tu, eu nunca poderia ter ajudado e nunca tinha aprendido que o Natal não são só prendas, nem as luzes, mas também a amizade.
            Todos riram felizes e passaram o dia 24 a abrir as prendas. O Pedro adorou a linda camisola que a Elsa lhe deu e a Marta adorou o novo jogo dado pela tia Ju!
                                                                                 Ana Sofia Pereira e Eva Silva do 9ºC


A Revelação
            Eu não vou começar este conto da maneira tradicional, mas de uma maneira nova. A nossa personagem principal, deve-se encontrar a arranjar o cabelo, as unhas, os pés, porque sabem, a nossa personagem é muito, mas muito, mas mesmo muito, esqueci-me de dizer muito vaidosa. O seu nome? Mariana. Ela odeia o Natal, e hoje é véspera de Natal.
            - Eu odeia o Natal! – resmungou Mariana.
            - Não penses assim, o Natal é uma ocasião boa, estás com a família, recebes presentes, divertes-te. – disse o seu pai João.
            - Sim, é exactamente isso – concordou a sua mãe Júlia.
            - Eu não quero saber das prendas, da família, do divertimento. Eu quero é ficar fechada no meu quarto na noite de Natal, porque o Natal não vale nada!!!
            Enquanto dizia isto fechou-se no quarto. À noite, quando adormeceu teve um sonho muito estranho: estava numa cidade chamada Não Natal, e nesta cidade ninguém gostava do Natal.
           A nossa personagem começou a percorrer a cidade, até encontrar uma casa que dizia Futuro da Mariana. Ela entrou nesta casa e viu os seus pais, à lareira, na noite de Natal, mas Mariana reparou que os seus pais não estavam contentes, mas sim muito tristes. E então Mariana percebeu tudo:
            -Eles estão tristes por causa de mim. Eu não estou com eles na noite de Natal. Supostamente, esta noite era para estar em família. Espera! Ainda tenho tempo!!
            Mariana acordou de repente e dfoi a correr para a sala. Os seus pais quando a viram ficaram muito felizes. Mariana disse:
            - Apercebi-me de que o Natal é muito importante.
            - Ainda bem – disseram os seus pais, muito felizes.
            E assim foi o Natal desta menina e da sua família.
                                                                                            Diogo Cravidão Alexandre 8ºE


O Natal Mais Especial
Catarina era uma menina de dez anos que, como tantas outras crianças, vivia o Natal intensamente. Para ela, o Natal significava toda a magia e união na família.
Todos os anos, ainda em Novembro, ela começava a imaginar como decorar cada canto da casa. Apesar de tudo, quando já tinha guardado do ano anterior, havia sempre novos pedidos para fazer: mais fitas coloridas, mais luzes (de diferentes cores e formas) mais velas de intensos e deliciosos aromas… Enfim, tudo aquilo que daria um ambiente maravilhoso ao seu lar.
Para além da decoração, ela preocupava-se também em definir tarefas. Contactava os seus familiares e ficava a par do que cada um poderia trazer. Por vezes, era ela que lançava ideias… Não poderia faltar nada. Até se preocupava com as músicas de Natal que iriam ouvir!
Quando olhava para os adultos à sua volta, reparava que eles não viviam com o mesmo espírito e alegria aquela festa tão especial e importante. Nesses momentos, pensava baixinho que o menino Jesus não deveria estar muito satisfeito com aquela reacção. As pessoas crescidas estavam mais preocupadas com os gastos das prendas do que propriamente em festejar.
Certo dia, já próximo do Natal, a Catarina sentiu, pela primeira vez, um sentimento estranho enquanto montava o presépio. O Menino Jesus olhava fixamente para ela como se lhe estivesse a pedir alguma coisa. Estaria ele com frio? Pois… Na realidade, estava neve e em Dezembro as temperaturas são baixas. Continuou a observá-lo, tentando perceber aquele olhar que lhe atingiu o coração.
A certa altura, ouviu o toque da campainha.
Levantou-se, ainda pensativa, e dirigiu-se até à porta de entrada. Ficou sem palavras, quando observou um menino descalço e mal agasalhado. Tinha um ar triste e vinha de mão dada com uma senhora que mais tarde veio a saber que era a sua mãe. Pediram-lhe pão, pois tinham fome.
Catarina foi, de imediato, chamar a mãe que logo contribui com alguns alimentos essenciais.
Quando fecharam a porta, a mãe explicou à Catarina que uma pessoa sozinha não pode mudar o mundo, mas se todos contribuíssem só um pouco o mundo poderia sorrir.
Catarina ficou a pensar nas palavras da mãe e o olhar do Menino Jesus voltou à sua memória. Aquele Natal não poderia ser igual aos outros! Teria de fazer algo de diferente…
Dos pensamentos passou à acção. Falou com os seus familiares e todos concordaram em organizar uma festa onde todos aqueles que, na sua pequena vila não conheciam a verdadeira magia do Natal, pudessem, finalmente, vivê-la.
E assim foi… Naquele Natal, uma grande família nasceu! A partilha, a alegria, a união, o amor a solidariedade ganharam um novo significado na vida de Catarina.
Esse Natal foi, sem dúvida, o Natal mais especial de todos.
                                                                                                          Cíntia Guerra 8.º B




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