Pai Natal Em Apuros
Era mais um dia para o Pai Natal tratar da papelada, ler
listas, cuidar das renas… Nicolau andava ocupado e enervado, o Natal estava a
chegar!
Um dia, Nicolau chegou ao estábulo das renas e, ao
entrar, reparou numa chávena de leite, que estava no chão. O Pai Natal não
tomou meias medidas e bebeu o líquido que o transformou num sapo! Num verde e
viscoso sapo gordo de barbas brancas e barrete vermelho!
Nicolau não sabia o porquê dos animais estarem a reagir
assim. Quando pôs as mãos à cabeça, percebeu que algo em si estava diferente.
Ele estava verde, pequeno e viscoso. O Pai Natal entrou em pânico! Era véspera
de Natal, ele tinha que verificar os brinquedos, arranjar os trenós, alimentar
as renas e agora, também arranjar uma solução para voltar ao seu estado normal.
O Pai Natal saltitou até à cozinha, onde encontrou a sua
mulher atada por uma corda a uma cadeira. Beatriz ficou impressionada ao ver no
que o seu marido se tinha transformado. Mas mesmo assim, ficou feliz, pois
podia ter sido pior.
Os dois foram até à fábrica dos brinquedos, onde
encontraram os duendes adormecidos e os brinquedos destruídos. O Natal estava
arruinado!
Numa parede, havia um bilhete que tinha escrito:
“Este enigma
resolverás, o antídoto encontrarás.
Debaixo
do leito onde descansa o bebé Natal.
O líquido
transformar-te-á no estado normal.
Um Feliz Natal! Grinch"
Ao ler isto, o nosso sapinho passou de verde a branco e
desmaiou. Quando acordou, a maioria dos duendes já tinha acordado, alguns
estavam a tentar organizar a fábrica dos brinquedos e a reparar danos, outros,
a tentar acordar o resto dos seus companheiros. Com ajuda de todos, Dona
Beatriz conseguiu perceber que o tal antídoto estava na manjedoura do Menino
Jesus. Depois, Nicolau mandou preparar um trenó equipado com as renas mais
fortes, iam a Belém!
Após uma longa mas rápida viagem, o nosso sapinho encontrou
o estábulo em que Jesus nasceu, procurou por todo o lado, mas não conseguiu
encontrar o antídoto! Que situação preocupante!
Desolado, o Pai Natal voltou para casa, pensando que não
havia solução possível ou imaginária para o seu problema.
Quando chegou ao Pólo Norte, o nosso anfitrião tinha à
sua espera os seus duendes, que diziam ter uma boa e uma má notícia.
-- Contem primeiro a boa notícia! – Suplicou Nicolau,
desesperado.
-- Encontrámos o antídoto! Estava debaixo do presépio. –
Disse o duende Joãozinho, alegremente. – A má notícia, é que só faltam duas
horas para o Natal! – Continuou este, com um ar preocupado.
-- Preparem-me um trenó com oito renas! Quer dizer, nove!
Metam o Rodolfo à frente. – Ordenou o Pai Natal, abrindo, apressadamente, o
frasco do antídoto.
Nicolau conseguiu, finalmente, abrir o frasco. Bebeu o
antídoto que o fez voltar ao normal. Olhando para o seu pinheiro, perguntou-se
a si mesmo:
--Onde está o Grinch?
-- Achiiim! – Espirrou algo vindo da árvore – Estou aqui
e estou muito arrependido do que fiz. – Disse Grinch, envergonhado.
-- Hei! Tive uma ideia genial! Porque não vens comigo
distribuir os presentes? – Propôs o Pai Natal.
-- Seria um enorme prazer! – Respondeu Grinch animado.
Com um ar feliz, entraram os dois para o trenó e levantaram
voo.
Feliz Natal!
A Magia do Natal
Era uma vez duas irmãs que adoravam
o Natal. Elas chamavam-se Marta e Elsa. As duas meninas esperavam ansiosamente
durante todo o ano que a quadra natalícia chegasse. As duas deliravam com tudo
o que dizia respeito ao Natal: as luzes cintilantes, as árvores cheias de
enfeites e laços, o cheiro a doces que pairava pelas casas e ruas, os embrulhos
coloridos e os Pais Natais que enchiam os supermercados e faziam as crianças
sonhar com as prendas.
Era dia 23 de dezembro e já estava
tudo preparado para o grande dia. Na rua, encontravam-se milhares de pessoas e
cheirava maravilhosamente bem. Mas havia uma coisa em especial que fazia com
que as duas adorassem tanto essa altura do ano: as luzes coloridas por todo o
lado!
– Gosto tanto de ver a avenida
principal repleta de luzes! Existe uma magia no ar! – exclamou a Elsa, olhando
pela janela.
– Sim, é maravilhoso! É tão giro! –
disse a Marta.
– Elsa! Marta! Venham cá, chegou a
tia Ju! Ela tem uma prenda muito especial para vocês! – Chamou a mãe das
meninas.
As meninas correram rapidamente para
ver o que a humilde tia Ju tinha para elas. Depois de muitos abraços e carinho,
a prenda foi dada às duas raparigas. Era um cão! Ele era castanho cor de
chocolate e tinha umas manchas brancas na barriga.
–
É tão querido, tia, obrigada! – agradeceu a Marta.
– É mesmo adorável! Vamos chamá-lo
Noel, já que estamos no Natal! – disse a Elsa.
As meninas concordaram e a tia Ju
ficou muito satisfeita de ter dado um presente tão giro às suas adoradas
sobrinhas.
– Vamos às compras? – perguntou a
tia Ju, sorridente.
– Sim, sim! – responderam as meninas
em coro.
As irmãs passeavam alegres e
sorridentes pelas ruas com o seu novo amigo Noel. De repente, o Noel soltou-se
e foi ao encontro de um menino muito magro e alto que estava a chorar.
– Ei, Noel, anda cá! – chamou a
Elsa.
- Espera!- disse a Marta para a
Elsa. – Ele está a tentar animar o rapaz, não vês?!
As raparigas ficaram impressionadas,
mas mais impressionada estava a tia Ju que não acreditava no que via.
A Elsa dirigiu-se calmamente para o
pé do menino e perguntou-lhe como se chamava e porque estava tão triste, ao que
ele respondeu:
– O meu nome é Pedro. Eu não gosto
do Natal.
– O quê? Como? – perguntou a
rapariga muito admirada.
– Eu nunca tive uma prenda e não sei
o que é ter amigos nem ninguém que goste de mim – respondeu o rapaz limpando as
lágrimas.
– Então vem comigo, eu vou ser a tua
amiga e vou comprar-te uma prenda que gostes! – disse a menina com um sorriso
humilde.
– Não, não quero! Não quero que
tenhas pena de mim! – disse o rapaz irritado.
– Mas eu…- começou a Elsa – só…
O rapaz foi-se embora e a Elsa ficou
muito desapontada e a chorar. A sua irmã e a tia foram a correr para o pé dela
e tentaram animá-la, mas sem sucesso.
– Anda, minha querida, vamos comprar
uma prenda para o rapaz. Se o encontrares dás-lhe a prenda, está bem? –
sugeriu a tia.
– Sim, pode ser, mas eu queria se
amiga dele – disse a Elsa, desiludida
–
Vamos fazer o que a tia Ju disse! Olha, o Noel não gosta de te ver triste!
Anima-te! – disse a Marta cheia de
entusiasmo.
As três foram a uma loja de roupa e
compraram uma camisola com um cão muito parecido com o Noel. Até ele adorou a
camisola! De seguida, foram para a casa e aconchegaram-se nas mantas de lã a
ver televisão na sala com o Noel e adormeceram.
Quando as meninas acordaram, já
estavam nas suas camas, e já era dia 24! Tinham acordado com a voz da tua Ju e
com o cheiro a arroz doce. A Elsa dirigiu-se à sala e olhou para a mesinha onde
tinha deixado a prenda para o Pedro, mas não estava lá!
– Tia Ju! Mãe! Marta! Alguma de
vocês mexeu numa prenda que estava aqui?
– Eu pus a prenda debaixo da árvore,
mana, espero que não te importes! – disse a Marta, um pouco tímida.
– Não sei para quê, mas está bem! –
disse a Elsa com voz rouca.
– Mas sei eu! – disse a tia Ju.
A Elsa olhou para a tia e para a
irmã e elas disseram em coro:
– Feliz Natal!
De seguida, o Pedro apareceu
e pediu desculpas à Elsa por ter sido tão mau para ela. A rapariga, como era
muito humilde, não disse nada e correu a abraçá-lo! O Noel ladrou,
provavelmente com ciúmes, como disse a Marta!
– Obrigada, Noel, se não fosses tu,
eu nunca poderia ter ajudado e nunca tinha aprendido que o Natal ladrou,
provavelmente com ciúmes, como disse a Marta!
– Obrigada, Noel, se não fosses tu,
eu nunca poderia ter ajudado e nunca tinha aprendido que o Natal não são só
prendas, nem as luzes, mas também a amizade.
Todos riram felizes e passaram o dia
24 a abrir as prendas. O Pedro adorou a linda camisola que a Elsa lhe deu e a
Marta adorou o novo jogo dado pela tia Ju!
Ana Sofia Pereira e Eva Silva do 9ºC
A Revelação
Eu não vou começar este conto da
maneira tradicional, mas de uma maneira nova. A nossa personagem principal,
deve-se encontrar a arranjar o cabelo, as unhas, os pés, porque sabem, a nossa
personagem é muito, mas muito, mas mesmo muito, esqueci-me de dizer muito
vaidosa. O seu nome? Mariana. Ela odeia o Natal, e hoje é véspera de Natal.
- Eu odeia o Natal! – resmungou
Mariana.
- Não penses assim, o Natal é uma
ocasião boa, estás com a família, recebes presentes, divertes-te. – disse o seu
pai João.
- Sim, é exactamente isso –
concordou a sua mãe Júlia.
- Eu não quero saber das prendas, da
família, do divertimento. Eu quero é ficar fechada no meu quarto na noite de
Natal, porque o Natal não vale nada!!!
Enquanto dizia isto fechou-se no
quarto. À noite, quando adormeceu teve um sonho muito estranho: estava numa
cidade chamada Não Natal, e nesta cidade ninguém gostava do Natal.
A nossa personagem começou a
percorrer a cidade, até encontrar uma casa que dizia Futuro da Mariana. Ela
entrou nesta casa e viu os seus pais, à lareira, na noite de Natal, mas Mariana
reparou que os seus pais não estavam contentes, mas sim muito tristes. E então
Mariana percebeu tudo:
-Eles estão tristes por causa de
mim. Eu não estou com eles na noite de Natal. Supostamente, esta noite era para
estar em família. Espera! Ainda tenho tempo!!
Mariana acordou de repente e dfoi a
correr para a sala. Os seus pais quando a viram ficaram muito felizes. Mariana
disse:
- Apercebi-me de que o Natal é muito
importante.
- Ainda bem – disseram os seus pais,
muito felizes.
E assim foi o Natal desta menina e
da sua família.
Diogo
Cravidão Alexandre 8ºE
O Natal Mais Especial
Catarina era uma menina de dez anos que, como tantas
outras crianças, vivia o Natal intensamente. Para ela, o Natal significava toda
a magia e união na família.
Todos os anos, ainda em Novembro, ela começava a imaginar
como decorar cada canto da casa. Apesar de tudo, quando já tinha guardado do
ano anterior, havia sempre novos pedidos para fazer: mais fitas coloridas, mais
luzes (de diferentes cores e formas) mais velas de intensos e deliciosos
aromas… Enfim, tudo aquilo que daria um ambiente maravilhoso ao seu lar.
Para além da decoração, ela preocupava-se também em
definir tarefas. Contactava os seus familiares e ficava a par do que cada um
poderia trazer. Por vezes, era ela que lançava ideias… Não poderia faltar nada.
Até se preocupava com as músicas de Natal que iriam ouvir!
Quando olhava para os adultos à sua volta, reparava que
eles não viviam com o mesmo espírito e alegria aquela festa tão especial e
importante. Nesses momentos, pensava baixinho que o menino Jesus não deveria
estar muito satisfeito com aquela reacção. As pessoas crescidas estavam mais
preocupadas com os gastos das prendas do que propriamente em festejar.
Certo dia, já próximo do Natal, a Catarina sentiu, pela
primeira vez, um sentimento estranho enquanto montava o presépio. O Menino
Jesus olhava fixamente para ela como se lhe estivesse a pedir alguma coisa.
Estaria ele com frio? Pois… Na realidade, estava neve e em Dezembro as
temperaturas são baixas. Continuou a observá-lo, tentando perceber aquele olhar
que lhe atingiu o coração.
A certa altura, ouviu o toque da campainha.
Levantou-se, ainda pensativa, e dirigiu-se até à porta de
entrada. Ficou sem palavras, quando observou um menino descalço e mal
agasalhado. Tinha um ar triste e vinha de mão dada com uma senhora que mais
tarde veio a saber que era a sua mãe. Pediram-lhe pão, pois tinham fome.
Catarina foi, de imediato, chamar a mãe que logo
contribui com alguns alimentos essenciais.
Quando fecharam a porta, a mãe explicou à Catarina que
uma pessoa sozinha não pode mudar o mundo, mas se todos contribuíssem só um
pouco o mundo poderia sorrir.
Catarina ficou a pensar nas palavras da mãe e o olhar do
Menino Jesus voltou à sua memória. Aquele Natal não poderia ser igual aos
outros! Teria de fazer algo de diferente…
Dos pensamentos passou à acção. Falou com os seus
familiares e todos concordaram em organizar uma festa onde todos aqueles que,
na sua pequena vila não conheciam a verdadeira magia do Natal, pudessem,
finalmente, vivê-la.
E assim foi… Naquele Natal, uma grande família nasceu! A
partilha, a alegria, a união, o amor a solidariedade ganharam um novo
significado na vida de Catarina.
Esse Natal foi, sem dúvida, o Natal mais especial de
todos.
Cíntia Guerra 8.º
B
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